segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cuidado com o que você aponta



É interessante saber o quanto uma lente incomoda algumas pessoas.

É muito provável que a grande maioria dos fotógrafos colecione relatos de ações truculentas de seguranças, repetidos "nãos" de fotografáveis ou mesmo algumas ofensas por parte de pessoas que desconhecem o trabalho de um profissional.

Ou sabem, e tem medo disso.

Em todo o caso, o bom senso limita a ação da fotografia mas não chega a cercear a liberdade de cada profissional em realizar seu trabalho com responsabilidade.

Claro, existem excessos de ambos os lados.

Por um lado...
Não é raro ser abordado por seguranças, públicos ou privados, durante uma saída fotográfica. As abordagens variam desde as mais educadas até a tradicional "mão na lente". As justificativas também variam: aqui não pode, só com autorização, hoje não abre, assine aqui e desculpe o incômodo, pode mas sem flash, a barra tá pesada e é melhor ficar longe.

Por outro lado...
O termo "paparazzo" deveria ser considerado chulo. Mas há um mercado que sustente esta prática, ou melhor, há uma demanda que justifica ostensivamente este tipo de trabalho. Boa parte da mística que afasta as pessoas das lentes nasce desta atividade.

Por isso é sempre bom saber antes de sair:
- ligue para o local e pergunte se é permitido fazer imagens, fale o tipo de câmera que está levando e se é necessário assinar alguma autorização;
- se tiver algum cartão de visita, leve;
- se abordado, mantenha a calma e a educação e resolva o assunto o mais rápido possível;
- se ouvir um "não", pense que seu equipamento vale mais do que uma imagem que não foi feita;
- propriedades autorais e artísticas, privacidade e intimidade devem ser respeitadas, sempre;
- apontar a câmera para uma pessoa, sem aviso, é falta de educação;
- bom senso e prudência tornam o trabalho mais sossegado.

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